sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Palavra da Célula - 02/02/2012


PALAVRA PARA AS CÉLULAS - 02/02/2012


Lucas 17:11 a 19

Esta Passagem descrita por Lucas nos faz imediatamente refletir sobre um coração agradecido a Deus.
Jesus, no versículo 17 deixa uma pergunta no ar:“Não foram 10 os limpos”? E onde estão os 9?
Claro que Jesus, na sua onisciência, sabia onde estava cada um deles.
Então porque Ele fez esta pergunta? Com certeza porque queria que cada um que se deparasse com esta questão, desde os que naquele dia estavam lá, vivendo aquele momento com Ele há 2000 anos atrás, até eu e você, hoje, parássemos para refletir um pouco sobre esta cena.
Apenas 9 versículos da Bíblia, uma passagem tão pequena, uma linguagem tão simples e ao mesmo tempo, tanto ensino, confronto, reflexão e auto-exame.
Só a palavra de Deus, só Jesus através do Espírito Santo podem ser tão contundentes, e ir tão profundo em nosso corpo alma e espírito a ponto de transformar o nosso ser.
Se nesta pequena passagem, nós nos concentrássemos só na questão da gratidão a Deus já estávamos tremendamente ministrados, porém o Espírito Santo quer ir mais profundo em nossas vidas.
Lucas diz que Jesus caminhava para Jerusalém e atravessou a Galiléia e a Samaria. Atravessar a Galiléia tudo bem, nada há de especial nisso, mas um judeu atravessar a Samaria não era nada habitual naquela época.
Devido ao tradicional ódio entre esse dois povos geralmente os judeus só se aventuravam atravessar a Samaria se fossem um grupo grande e bem organizado. Se fosse um pequeno grupo, como o de Jesus com seus discípulos, seria muito perigoso, passar pela Samaria. Jesus não só passou como entrou em uma aldeia da Samaria, pois o Messias, embora Judeu, queria mostrar que veio para todos os povos.
Quando Jesus entra nesta aldeia, a Palavra fala que vieram ao Seu encontro dez homens leprosos, que pararam de longe e levantaram a voz dizendo: “Mestre, tem misericórdia de nós”.
Esta passagem dos dez leprosos não é descrita em nenhum dos outros evangelhos, somente em Lucas e não existem detalhes sobre estes homens, porém podemos concluir através do versículo 18, quando Jesus fala que só o estrangeiro voltou, que neste grupo de homens havia judeus e não judeus (samaritanos).
Lucas, ou melhor, a Palavra de Deus não se preocupa em dizer, por exemplo, que um deles era um inteligente saduceu, e outro consagrado fariseu. Isto era coisa de passado. Lucas registra apenas a realidade deles quando se encontram com Jesus. Todos eram apenas leprosos.
Se havia algum rico saduceu, este já havia deixado sua bela casa, para onde nunca mais ia voltar.
Se havia algum fariseu habituado a isolar-se dos “impuros pecadores”, já não havia mais motivos para isto, pois agora que era um leproso, até os mais “impuros pecadores” é que se afastavam dele.
Para entender melhor o contexto da época com relação aos leprosos, veja o que esta escrito em Números 5 de 1 a 3: “E falou o Senhor a Moises: Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial todo leproso e a todo que padece de fluxo, e a todos os imundos por causa de contato de algum morto. Desde o homem até a mulher os lançareis, fora do arraial os lançareis, para que não contamineis os seus arraiais no meio dos quais Eu habito.”.
Hoje em dia graças a Deus, já é possível controlar o alastramento da lepra e em certos casos mesmo a sua cura, mais na época de Jesus a lepra não podia ser controlada a única solução era controlar o doente da lepra para que esta não contagiasse as outras pessoas e o doente coitado, tinha que ir para lugares desérticos à espera da morte.
A única ajuda possível não era dos seus familiares, ou amigos mais íntimos. Muito menos seria a ajuda dos religiosos, que de acordo com a lei de Moisés mandavam escorraçar para irem morrer em lugares desérticos.
A única ajuda possível era a de outros leprosos.
O leproso era escorraçado para fora dos lugares habitados. Não podia chegar ao pé de outras pessoas e quando se aproximava tinha de parar longe e gritar “Imundo,Imundo”.
Portanto imaginem como era desesperadora a situação destes homens.
Quando se aproximaram de Jesus, sabiam que aquela era a única esperança.
Vemos, portanto aqui em meio a esta cena de tanto sofrimento, um verdadeiro milagre.
Aquilo que a religião de cada um não conseguiu fazer, afinal a lepra conseguiu: Uni-los!
Que tremendo!Judeus, samaritanos juntos em oração por um milagre.
Que oração simples, mas que fé!
Alguns daqueles leprosos, por serem judeus, deviam saber de cor muitos dos Salmos que temos nas nossas bíblias, mas nessa altura, quando viram a Jesus, parece que nada disso servia para expressar os seus pensamentos. Perguntem a quem já estive muito doente no hospital, quando é que orou com mais convicção; Se foi numa igreja ou se foi quando esteve sozinho na cama do hospital, quando sentiu suas forças acabarem e a incerteza de como seria o dia de amanhã.
Quando o homem descobre sua doença física ou quando necessita de um Salvador, entra numa dimensão do sobrenatural de Deus e nela encontra tudo o que necessita cura, paz, provisão, etc.
É exatamente isto que acontece hoje em dia o ser humano quando não tem mais esperança, está desesperado e vai à igreja em busca de um Deus que possa realizar um milagre e mudar sua vida.
Nesta hora da dor, do desespero, do abandono, nos despojamos do orgulho, soberba, valores sociais, culturais, porque precisamos muito de uma solução.
Veja na igreja como os relacionamentos ultrapassam os limites que tínhamos lá no mundo (rico andava com rico, velho andava com velho, jovem com jovem, universitário com universitário).
O que devemos concluir com esta passagem é que exista alguma coisa que unia estes 10 homens leprosos. Sua dor! Porém depois de curados, não tinham nada mais em comum.
Talvez o suposto fariseu do grupo depois de curado, voltou para sua terra mais “fariseu” e religioso do que nunca e se tornou o mais consagrado dentre os fariseus.
Talvez o suposto saduceu voltou para sua bela casa e achou que sua cura foi resultado de sua grande sabedoria.
Talvez todos tivessem se esquecido uns dos outros, do tempo da convivência, da ajuda mútua, da dependência.
Porém um, o estrangeiro, nos revela a atitude que agradou a Jesus.
Com certeza, ele também tinha família, trabalho, mas priorizou Jesus. Reconheceu que a sua cura provinha Dele e voltou glorificando a Deus em alta voz. Por isso além da cura física recebeu a salvação que há em Cristo (vs 19).
Portanto se um dia o que nos fez nos aproximar uns dos outros para sermos então a IGREJA EL SHADDAI foi a nossa dor devemos entender que hoje o que deve nos unir é Jesus e a nossa aliança com Ele, e que mesmo curados e restaurados em algumas áreas devemos sempre nos manter unidos Nele e vendo em cada irmão um simples ser humano, sujeito ao pecado, que vai para sempre precisar de Jesus, assim como nós, e precisar também uns dos outros.
A unidade dos membros de uma igreja depende disto, de reconhecermos que nada somos sem Ele, e que quanto mais importante nos acharmos mais desunida e mais fraca será a Igreja do Senhor.
Na unidade o Senhor ordena a Sua benção!!
Leia o Salmo 133!

Deus te abençoe!


Apóstolos Fábio e Claudia abbud

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